RIO BRANCO ATLÉTICO CLUBE
O Rio Branco Atlético Clube é uma agremiação atlética do Espírito Santo, fundada a 21 de junho de 1913. Sua sede administrativa se localiza-se na capital do Espírito Santo, Vitória.
Também conhecido como "Capa-Preta" e "Brancão", o Rio Branco é o maior detentor de títulos estaduais do Espírito Santo, somando 36 campeonatos. Já disputou as séries A, B, C e D do Campeonato Brasileiro. O "Capa-Preta", segundo pesquisas, tem a maior torcida do Espírito Santo com aproximadamente 30% dos torcedores do estado. O time alvinegro foi o 3º time de futebol profissional fundado no estado.
A 21 de junho de 1913 nascia o clube "Mais Querido do Espírito Santo", criado por Antonio Miguez, José Batista Pavão, Edmundo Martins, Nestor Ferreira Lima, Gervásio Pimentel, Cleto Santos, entre outros, pois não podiam jogar nos clubes de futebol da época. Portanto, resolveram fundar o Rio Branco Atlético Clube. Nasceu com o nome de Juventude e Vigor, mas em 10 de fevereiro de 1914 resolveram homenagear o então Chanceler José Maria da Silva Paranhos Junior, o Barão de Rio Branco.2 3
Depois de uma disputa de influências políticas entre Rio Branco e seu histórico rival o Vitória, o Rio Branco construiu seu segundo estádio em 1934, em Jucutuquara. O Estádio Governador Bley, na época, era o terceiro maior estádio do Brasil, ficando atrás apenas do São Januário, de propriedade do Vasco da Gama e do Estádio das Laranjeiras, pertencente ao Fluminense. O “Bley” foi palco de muitas conquistas da história do Rio Branco, como o hexacampeonato capixaba - 1934/1935/1936/1937/1938/1939. Jogando no Bley, o capa-preta fez uma boa campanha na Copa dos Campeões Estaduais de 1937 – a primeira competição nacional de futebol realizada no Brasil, que o Rio Branco ficou em terceiro lugar. Naquele ano, vitória em cima do Fluminense por 4x3. Devido a administrações pouco comprometidas com o crescimento da entidade ou mesmo com o patrimônio do clube, o estádio foi perdido para o pagamentos de dívidas e hoje pertencente ao Instituto Federal do Espírito Santo (IFES).
Anos depois o clube buscou um novo terreno, no bairro de Campo Grande, na Região Metropolitana de Vitória, onde sonhou construir o mais moderno estádio do estado, o Estádio Kleber Andrade (homenagem a um antigo presidente do Clube), o projeto inicialmente previa capacidade para 80.000 pessoas sendo o maior do Espírito Santo. A inauguração foi em 1983 em um amistoso entre Rio Branco e Guarapari, vencido pelo time da casa por 3 a 2. Apesar das grandes pretensões em construir o maior estádio do estado, o Estádio Kleber Andrade nunca teve suas obras finalizadas, mas foi a casa do time por muitos anos e o principal estádio do Espírito Santo. O Rio Branco criou raízes em Campo Grande, bairro que faz parte da RMGV, e que hoje abriga grande parte da torcida Capa-Preta.
(Mascote: Cavaleiro de Capa Preta)
Em 2008, o estádio foi vendido ao Governo do Estado do Espírito Santo, possibilitando ao clube quitar seus débitos e também poder planejar o inicio da construção do Centro de Treinamento. Ainda neste ano, o Rio Branco Atlético Clube voltou a ter sede administrativa na cidade de Vitória, mas precisamente na Avenida Nossa Senhora da Penha, 1495, no bairro de Santa Lúcia.
Depois uma série de administrações que não conseguiram resolver completamente os problemas do clube, restou ao Rio Branco, como patrimônio físico, uma área de aproximadamente 60.000 m² localizada em Portal de Jacaraípe, onde será erguido o CT Capa-Preta.
Financeiramente o clube tem em torno de R$ 4 milhões depositados em juízo, atualmente está brigando para que as pendências judiciais, aproximadamente 8 ações pendentes, sejam eliminadas o mais rápido possível e assim possa retirar os valores para investir no tão sonhado CT. Enquanto isso, o clube vive com os patrocínios.
O clube foi rebaixado com uma rodada de adiantamento no ano do centenário, após empreender uma campanha pífia no Campeonato Banestes Capixaba 2013. Durante o primeiro semestre, o clube demitiu três técnicos, não definiu um elenco fixo e sofreu vários empates e derrotas inesperadas.
O papão de títulos Capixabas (1934-1951)
Até o ano de 1934, o Rio Branco já havia conquistado dois bi-campeonatos (1918/1919 e 1929/1930) e outros dois estaduais (1921 e 1924), mas foi no período entre 1934 e 1951 que o Capa-Preta ganhou sua maior sequência de títulos; Um hexacampeonato (1934/1935/1936/1937/1938 e 1939), um bi (1941/1942), um tri (1945/1946/1947) e os campeonatos de 1949 e 1951, teve também como ídolo Arcenio Braz Maciel nascido em 1932.
Anos Dourados (1985-1986)
Depois de ganhar dois estaduais seguidos (1982 e 1983) e ser terceiro lugar em 1984, o Rio Branco conquistou o título de 1985 diante de 27 mil torcedores e garantiu vaga no Brasileiro da série A de 1986, a última vez que por sinal integrou a elite nacional. (Observação: o Rio Branco disputou também o campeonato brasileiro da série A no ano de 1987, integrando o módulo amarelo.) O Capa-Preta conseguiu boas vitórias naquele campeonato, que foi a última participação do clube na Série A do Brasileirão: Duas vitórias sobre o Vasco (2 a 1 em São Januário e 1 a 0 no Kleber Andrade), 2 x 0 sobre o Ceará, 2 x 1 em cima do Internacional, 4 x 0 no Piauí, 2 x 1 no Atlético-GO e 1 x 0 no Náutico no Arruda, o caldeirão pernambucano, além de vitórias sobre times como Operário e Nacional. Era a época em que os clubes de fora temiam jogar no Espírito Santo, pois a pressão da torcida era imensa. Em seus 12 jogos como mandante, o "Capa-preta" levou mais de 157 mil pessoas ao Kleber Andrade e ao Engenheiro Araripe. No jogo contra o Vasco, o público presente foi de 50.000 espectadores como demonstra a Revista Placar daquela época.
O renascimento - A reestruturação (2003-2006)
Durante a década de 1990 até o inicio dos anos 2000, o Rio Branco passou por gestões desorganizadas em sua direção. Nessa época, o time se endividou e viveu um jejum de 24 anos sem títulos.
Em outubro de 2003, apaixonados Capa-Pretas começaram a fazer um movimento, na esperança de salvar o Rio Branco, pois na época estava "em estado terminal na UTI". Estes abnegados iniciaram uma série de reuniões, primeiro entre o Dr. Paulo Marangoni, Rommel Rubim e Notier Menezes. Sem lugar para conversar, improvisaram um "escritório" em um café no Praia Shopping, onde planejaram o que fazer e qual caminho seguir. As idéias eram muitas, mas depois caíram na real e viram como seria difícil tocar o clube, totalmente endividado, sem nenhum crédito e com cobranças enormes vindas de todos os lados. As informações que recebiam era de que os jogadores iam para os jogos de transporte público. Notier foi ver de perto o que acontecia, acompanhou um jogo do "Mais Querido" em Cachoeiro contra o Estrela, pela Copa Espírito Santo e quando viu o ônibus que estava trazendo a delegação ao Sumaré, ficou apavorado. O ônibus tinha emendas por toda a lataria, os pneus totalmente "carecas" e segundo os jogadores, não tinha banheiro. Iniciava aí o grande desafio de reerguer o clube de maior apelo do Espírito Santo, acreditar que era possível, acreditar que sendo sérios o clube poderia ser melhor e voltar a figurar como o principal clube do estado.
A volta do Mais Querido do Espírito Santo (2007-2010)
Ao passar por uma reestruturação administrativa em 2006, o Rio Branco voltou a ter credibilidade. A venda do seu estádio ao governo, em 2008, levantou verba para pagar suas dívidas e para a construção de um centro de treinamento. Dentro das quatro linhas, essa reestruturação rendeu frutos. O time chegou à quatro finais em 3 anos (Copa Espírito Santo em 2008/2009 e Capixabão em 2009/2010). Na última, o Rio Branco quebrou o jejum e conquistou o título capixaba depois de 24 anos, dando ao torcedor o grito tão esperado de campeão.
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